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20 de dez. de 2012

A Vida Jogando Amarelinha


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E a vida segue jogando amarelinha, com o intuito de fazer a pedrinha cair sempre no céu e nunca no inferno. A vida joga sua pedrinha e vai com um pé só subindo e descendo até alcançar seu objetivo. A vida vai seguindo, como um joguinho infantil rabiscado no asfalto com giz de cera.
 E nós, vamos pulando, com um pé só, mantenho o equilíbrio, a paciência, a fé. E vamos nós, não com a intenção de ganhar, mas na ânsia de nos divertir, se sentir, de cansar até faltar fôlego. A vida é mesmo como uma amarelinha, quem sabe curtir o que é bom, sabe jogar... Mas hoje, justo hoje, falta rua pra desenhar uma amarelinha, falta amigos pra jogar a pedrinha, falta vontade de brincar de ir do inferno ao céu. Falta criança no peito, falta infância no espírito. Falta vida pra fazer amarelinha.
 A vida continua jogando amarelinha e a gente vai se esquecendo de como se faz, de como é bom. Dos números mal escritos, com letrinha de garrancho, com o giz falhado pela batida do pé no chão. A vida vai seguindo, deixando na sua mão uma pedrinha e um giz, mostrando caminhos para desenhar, nos convidando a brincar, perguntando se ainda sabemos jogar amarelinha, ou se queremos aprender...

16 de dez. de 2012

Cuida Bem de Mim.


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Era o meu maior medo envelhecer e não ter ninguém pra cuidar bem de mim. Então pensei em engravidar. Ter filho cedo não era uma saída, era uma opção. Uma incerteza de colocar um ser no mundo sem saber se ele iria ou não cuidar bem de mim quando chegasse a minha vez de usar fraldas geriátricas.
  O meu maior medo era envelhecer e não conseguir suportar o peso do meu corpo nas minhas pernas e pedir companhia a uma bengala ou andador. Era meu medo não conseguir cuidar bem de mim. Um medo de não saber se fiz as minhas marcas valerem a pena e se eu olharia o mundo da mesma forma como olho hoje. Uma insegurança próxima a incerteza de não saber até quando viver e se viveria a sombra da solidão. A velhice virá, dará as mãos pra mim e me ensinará a caminhar a passos mais lentos e cautelosos, amparados por barram em todo canto da casa. Eu irei aprender a dormir mais cedo, e a TV vai me entediar, vou querer tomar sol de manhã e quem sabe cultivar algumas plantas pra viver cercada de flores. Vou acolher netos no colo e serei quem sabe, a atração do natal.
    A velhice virá, e junto com ela a incerteza se alguém vai cuidar bem de mim, mesmo sabendo que, serei uma matriarca, mesmo sabendo que dei origem a uma família toda e a toda uma história. Mas mesmo assim, detestarei depender de alguém pra tudo, principalmente para me lembrar que meu sistema imunológico precisa de remédios para não esclerosar. A velhice vai me lembrar que não poderei ficar mais só em casa e que cada gesto será observado por todos. Ela vai me lembrar que ficarei num hospital quando preciso,  pois já não sou a mesma e minha saúde estará fragilizada, e que minhas mãos enrugadas voltarão a sentir medo e precisarão de outra mão mais jovem ara mostrar a insegurança que perdi.
   Cuida bem de mim Vida, cuida de quem te sentiu mais do que ninguém. E não castiga, porque se for pra envelhecer além do que penso, então que nunca falta quem me ame, pra cuidar bem de mim.




10 de dez. de 2012

Flores de Pedras.


Eu coloquei flores de pedras sobre a nossa cama aonde me fiz em você pela primeira vez. Eu coloquei flores de pedras para não nos machucarmos com os espinhos. Eu preparei um pouco de mim para caber em você, para fazer em você, dentro de mim.
Dis_colored_leaves_by_h0ll0w25-d5fmeni_large    Eu coloquei um pouco de vento para sentir um pouco mais, pro tempo parar rápido demais, a ponto de não perceber, pro barulho contrastar com o que eu respirava, ou tentava respirar, com o que eu sentia e queria mais.   Eu coloquei um pouco de sol para dar a  impressão de calor, mais quente do que estava, mais molhado do que parecia, mais ardente do que podia, mais intenso e lindo como poderia ser.
     Eu coloquei flores de pedras sobre o seu corpo, com o intuito de te desenhar, de te guardar para sempre ali, tão perto de mim, tão detalhado no que me pertencia e que por detalhes miúdos me completava, me cedia, me amava, me mordia.
      Eu coloquei pétalas de flores para te sentir, pra te encaixar tão perfeitamente em mim a ponto de parecer uma coisa só, um abstrato com cores lindas, como uma aurora boreal brilhando no escuro, no silêncio com o ofegar do vendo que cabia ali, entre nós dois.
     Coloquei flores de pedras entre meus seios, como forma de amor. Como um pedido de: “Nunca me deixe ir”. Como a promessa de ficar para sempre. Porque flores de pedras são eternas, resistentes e mesmo com tanta aparência de frieza, são belas, como coube dentro de nós, como coube o nosso amor, como nos coube em um encaixe maléfico de perfeição. Como deveria ser.

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4 de dez. de 2012

Nós & Alguns Pecados.



                                       ***Post de Aniversário***


   Eu guardei dentro de mim, engolido à seco, todo aquele desejo, aquela vontade. As faíscas que me iluminavam.
 Eu guardei escondido, enjaulado, coberto por um veludo vermelho, a promíscua, que de dentro de mim nunca saiu. Eu comi saudade, bebi paixão, vomitei saudades. Eu me larguei por inteira, embaixo de você, no meio de nós dois, atropelada pela sua fúria.
   Guardei a roupa da missa de domingo, preferi ficar nua, não iria mais a igreja, não fui confessar os nossos pecados, não honraria o vestido branco no altar, mas aqui dentro, imaculado, o que sentíamos um pelo outro.
    Eu guardei os julgamentos, seriamos apedrejados, odiados, perseguidos, excomungados. Éramos nós e alguns pecados, sem fechar as pernas, sem deixa-las abertas, apenas se prendendo com as pontas de pele entre dois corpos sem destino, sem culpa, sem consequência.
     Eu guardei as lembranças, as respirações e até mesmo o que eu não consegui ouvir. Guardei o meu grito engasgado com vontade de dizer que te pertenço, que não me acho em outro lugar a não ser nos seus braços, no seu meio, nas suas coxas, no seu coração.
   Eu guardei meus sonhos, troquei meus medos, libertei meus instintos, fui além, fui sua, fui feliz. 

29 de nov. de 2012

Razões.


As razões não se limitam, são sopradas aos ouvidos como gritos de liberdade. As razões não se julgam, ela têm todos os motivos do mundo para se rebelar. As razões vivem de bico para o coração, não o suportam, ele é frágil demais e as razões são vivas demais, quentes demais, intensas demais, com tesões demais... As razões não pedem licença, entram, sentam, beija, tocam, simplesmente por prazer, sem precisar de uma concreta razão para querer, apenas pelo desejo de ser...
     As razões me arranham as costas, me suam até perder o fôlego, me enchem de mais, de coisas a mais, de razões a mais, de delírios a mais, razões demais... Você demais, a razão que me faz ficar, querer, fazer, sentir, amar, ter.
    Eu não preciso matar minhas razões os pichá-las a todos os muros brancos da minha consciência, porque elas vão continuar aqui, batendo tampa de panelas dentro de mim e batendo o punho no peito dizendo que sem elas eu não seria sua, eu não seria minha, não seria de ninguém , não pertenceria ao mundo, não teria motivos, não maltrataria o coração. Mas elas estão lambendo minha cabeça e nesse exato momento, me dizendo: Somos as razões pela qual tudo está como está. Então deixa assim, fica assim, sem motivos, sem razões. Liberta o corpo ao vento, prenda as razões, beije-as e as agradeça por Viver tentando.


22 de nov. de 2012

Fragmentos do fim.



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   O mundo está para acabar, trinta dias, trinta e  um dias, sei lá quantas horas... Pouco importa. O mundo está para acabar, e na gente o que fica? O que não acaba? O que não morre? O que matamos? O que deixamos morrer? O mundo se vai, e nós para onde vamos? O amor que cabe aqui dentro do peito, que mora instalado, com suas malas, fotografias, histórias e lembranças. E o amor, que tão levinho se acostumou com o calor do corpo, dos corpos, da paixão, de tudo.
   O mundo está para acabar, nem dá tempo de fazer testamento. Então vamos semear. Jogando ao vento e dentro das pessoas descrentes de VIDA um pouco de esperança, um pouco do calor do nosso amor. Distribua antes do fim aquilo que dentro de você nunca irá acabar, aquilo que faz bem, que fortifica. Dê ao mundo um pouco da sua essência, da sua felicidade e espalhe o que você tem de melhor. Deixe o mundo acabar, abra seus braços, sorria e se lembre de tudo o que você fez valer a pena. Se o mundo tiver que acabar, que acabe, que o amor viva, que as lembranças vivam e que os fragmentos do fim, flutuem dentro de tudo o que conquistamos e vivemos. 

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11 de nov. de 2012

Série: Crônicas de Amores Contemporâneos III

                                                 Conto III
                                             O Making Off dos Sentimentos
  

        Eu sou do tipo de pessoa que precisa começar a mesma coisa um milhão de vezes até ter certeza de que ela pode ficar ainda melhor. Eu sou do tipo de pessoa que inicia um texto novo, ou um projeto novo sempre que acredita que aquela é a sua melhor ideia. Eu sou do tipo de pessoa teimosa que inicialmente satisfaz o seu próprio ego para depois conseguir satisfazer o dos outros. Sou do tipo de pessoa que se importa sim com o que as pessoas pensam, mas que se importa ainda mais se esses pensamentos vão interferir na sua imagem que vai se refletir por toda a eternidade.
       Você ama? Eu amo. Você odeia? Eu te ensino a ser melhor sem o ódio. Você se apaixona? Eu intensifico uma paixão toda vez que percebo que ela está chegando. Você sofre? Eu te ensino a sobreviver. Você sente dor? Eu te ajudo a ficar mais forte. Você se acha o melhor em tudo? Então se aproxime, deixe que eu te leve por de trás das cortinas da Vida, além do que os seus sentimentos são capazes se identificar. Existe um canto oculto e quase que unanime em todas as pessoas.  Saber adestrar um sentimento é possível sim, difícil, confesso. Mas admito também que saber expressar ou não expressar um sentimento, te torna mais forte, até mesmo mais flexível, passa a imagem de segurança (sentimento raro) e faz com que você tenta total domínio sobre você mesmo e aquela imagem que quer passar para as outras pessoas. O verdadeiro sentimento é transmitido em pequenos detalhes, até mesmo denunciados pelo olhar, ou por um sorriso expressado imperceptivelmente.


3 de nov. de 2012

Crônicas de Amores Contemporâneos II

                                                            Conto II
                                                           Ter um Filho

- Você está tomando seu remédio, certo? – Ele a olhou a meia luz e perguntou.
- Sim, eu não paro de tomar! – Ela respondeu.
- Não podemos ter um filho agora! – Ele disse assustado.
- Eu sei, nem temos idade ou estrutura...


      Ficaram em silêncio, não se tratava de ter um filho, todo aquele processo de gravidez, de contar para os pais, o parto, o possível “casamento” para cuidar juntos do bebê. Não era a responsabilidade, o emprego, ter que largar os estudos e nem abrir mão da juventude. Era o medo de como educar e alicercear uma nova pessoinha nesse mundo indigno e cheio de maldade. O  medo era de não saber como educar corretamente uma pessoa que chega do nada, se forma do ‘nada’ e necessita de você para tudo. Comer, se vestir, se limpar, falar, aprender, viver...
   
      Ter um filho para  era uma escolha, também um envio de Deus. Um empurrão para um desafio à beira de um penhasco, uma corda bamba sem direito à volta. Ter um filho no início daqueles vinte anos era a troca do ‘nós’ para sermos ‘todos nós’, e deixar de ser a preguiça de dormir até tarde ou ficar na cama sem fazer nada até mais tarde, para se tornarem: alguém pulando na sua cama às sete da manhã de meinhas, pedindo um ‘tetê’, cheirando a leite e dizendo – bom dia, mamãe.
      
       Para eles dois e para aquele silêncio que ficou no quarto depois do susto era mais que assustador, era o medo de ter nos braços um bebê com menos de sessenta centímetros e que a partir daí, você deixa de ter a sua vida para ser a vida dele e ele ser a sua vida. Não estavam prontos, não era pra ser. Não tinha como... Ainda precisavam muito um do outro para aprender e, quem sabe, lá na frente poder repassar tudo para o seu bebê.
     
      Ter um filho não era ter uma foto de um bebê bem arrumadinho no facebook ou colocar uma roupinha descoladinha e leva-lo ao shopping [...] Ter um filho ultrapassa qualquer expectativa e coloca dentro do peito um medo tão grande e inexplicável que se iguala a felicidade, não a de ter um filho em si, mas a felicidade de ter a capacidade de formar mais um grande homem para a sociedade e ter a certeza de que seu trabalho está feito corretamente quando ele não se entregar  aos leões da nossa selva de pedra.

1 de nov. de 2012

Série: Crônicas de Amores Contemporâneos I

                                                                  Conto I 
                      Como nos filmes, Como no cinema, Como deveria ser.



   Deveria ser um filme com final feliz, mas nunca é. É como uma espécie de encontro combustivo, aonde é delirante e prazeroso o primeiro encontro, aonde há aquela química assustada entre o frio na barriga e a curiosidade pelo final do filme. Deveria ser uma promessa pequena, mas com uma profundidade alojada no peito, junto com a esperança. O filme começa, a gente se senta, não se ajeita, tem medo de falhar, qualquer palavra dita mais alto, qualquer gesto mal calculado pode arruinar a história. O gênero do filme ajuda, inspira, instiga, começa a fazer suar frio. Os braços me mexem, o corpo se ajeita, os músculos esticam, estamos abraçados. O suor aumenta, a ansiedade domina... O filme pouco importa, em que parte estamos mesmo? De que gênero é mesmo este filme? É uma comédia, a sala toda riu, menos eu, menos nós. Sozinhos no mesmo pensamento, que embora se completem, são individuais, cada um com seu questionamento, mas com a mesma finalidade: “Por que ele (a) não me beijou ainda? Será que não quer? Fui chata (o)... Não nos veremos nunca mais...” 
      
      O silêncio é um sinal, mas quem vai se atrever a dizer, a se olhar, se entregar, se devorar... Então tudo acontece, a gente não se prende ao medo do “depois”, mas se agarra na esperança do momento durar para sempre. O beijo acaba, embora longamente demorado, mas acaba; o filme vai chegando ao fim, é a dúvida, é o medo, é agora a luz sobre dois rostos tímidos, que se conheceram, que não se olharam, mas que se sentiram, se pertenceram...
      
         Não marcam um segundo encontro, deixam que tudo aconteça da forma como tem que ser, como deverá ser, um dia...Mas o filme acabou, aquela história se foi, não será nada mais que uma doce lembrança, como um filme, desses que você espera o ano todo para ir à estreia. Então a nossa despedida terá um final feliz, como nos filmes, como deveria ser...
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Promoção: Meu Pecado Tem 50 Tons de Cinza!

    Para comemorar o nosso relacionamento de 1 ano, nada melhor que o livro do ano para complementar nossa festa!  No dia 5 de dezembro, aniversário do blog, será realizado o sorteio do livro 50 Tons de Cinza da autora: E. L. James.

   Para participar, curta a nossa página no Facebook
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PARTICIPE E BOA SORTE! =)

* Conteúdo do livro direcionado a maiores de 18 anos!


19 de out. de 2012

Querido amor.


     Querido, espero que aguarde esse espaço que há entre nós, esse abismo, oceano ou continente que impede um simples abraço ou toda uma vida juntos. Peço que compreenda que para poder te encontrar, ainda preciso me descobrir, me achar; como uma caça ao tesouro, eu preciso descobrir aquela minha parte preciosa que anda por ora em falta aqui no meu peito.Querido, espero que aguarde esse espaço que há entre nós, esse abismo, oceano ou continente que impede um simples abraço ou toda uma vida juntos. 
       Peço que compreenda que para poder te encontrar, ainda preciso me descobrir, me achar; como uma caça ao tesouro, eu preciso descobrir aquela minha parte preciosa que anda por ora em falta aqui no meu peito.
       Amor, não leve a mal, mas para entregar à você todo o amor delicado que cultivei comigo ao longo da minha vida, eu preciso expressar para mim, todo o meu poder de felicidade que ainda não está totalmente pronto para explodir. Eu preciso redesenhar minha estrutura, meu caminho de vida para enfim, dar-te minhas mãos para caminharmos à sós ao longo de nossas vidas. Antes de te receber em mim, na minha história, eu preciso escrever o meu passado, explicar detalhadamente como cheguei a conclusão de que era você aquele quem eu procurava desde o dia em que abri os olhos pela primeira vez, tendo a certeza de que era olhando para os seus olhos que eu queria fechar os meus para sempre.
      Quero que confie naquilo que para nós foste já destinado, antes mesmo que pudéssemos saber como se escreve a palavra amor, e que não tenhas medo quando os imprevistos acontecerem logo na sua chegada ao meu mundo. Prometo a ti, cuidar de tudo aos mínimos detalhes, me atentando que o que for feito ficará para sempre e que é o primeiro sorriso que vale, é a primeira impressão a que fica e que é o olhar de: “Finalmente te encontrei” que quero lhe passar quando o esperado dia chegar.
      Querido amor, que hoje estamos cá perdidos em espaços diferentes, ligados apenas pela mesma energia e procura e sabendo que há apenas um detalhe a mais que porá fim a duas vidas, para o início de uma só. 

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12 de out. de 2012

Sim, elas procuram.


Sim, elas procuram. Procuram um homem para casar, e cá confesso por mim forte representante da ala feminista do século XXI, deixo registrado que até a mais ogra das mulheres procuram o seu Shrek e que sonham sim em se casar com tudo o que tem direito! Ela procuram sim, um homem para casar e amar para a vida toda, um homem que as levem para uma linda lua-de-mel em Paris, e que lembrem do aniversário de casamento. Sim, elas procuram um cara para ser pai dos seus filhos, um cara que paparique sua barriga e que queira trocar fraldas, que faça cursinho preparatório de pais e que as elogie, mesmo com 25 quilos a mais. Sim, parece muito para um homem só, mas o que elas querem também, elas não assumem, mas vivem a caça. Um homem que elogie seus cabelos e como ela está cada dia mais linda durante a semana e um cara que bata na bunda dela e a chame de gostosa nos finais de semana. O grande marido e pai de segunda à sexta e o maravilhoso amante cafajeste de sábado e domingo; E nada de coisas casuais depois do Zorra Total, tem que começar na hora que o sol está se pondo, quebrando os paradigmas da vida de casal, no quarto de sempre... Na cama de casal! Sim, elas procuram a inovação. Uma coisa na sacada, bem despojada. Largando as crianças lindas, na casa de algum parente, e se não tem filhos, hora de abrir os trabalhos!
       Elas querem um cara viril, aquele macho que não se cansa na segunda vez e nem que prefira ficar com a camiseta do pijama! Elas querem a selvageria da pia da cozinha com uma garrafa de vinho na mão, o inusitado no divã do escritório, aquela impossibilidade no corredorzinho a caminho do banheiro... Mas que fique claro, uma coisa mais cretina de sexta a noite até a hora do Fantástico acabar, no domingo, porque na segunda ele volta a elogiar a mãe dedicada, a esposa maravilhosa, que faz a melhor lasanha que ele já comeu...

     Não cair na rotina, nem deixar o fogo apagar, porque eles gostam das safadas que assumem seu lado promiscuo na cama, exigem ser satisfeitos, querem ter a certeza de que trocar todas, valeu por ela. Sim, elas procuram aquele cafajeste também, o cara bom de cama, pronto para fazê-las ir além do céu, que não deixe a barriga tomar  o espaço de um abraço, que se mantém aceso, mas pronto para trocar uma fralda, as três da manhã...

4 de out. de 2012

E se...


                             * Texto especial, fã anônimo*
E se nós tivéssemos vivido o que só em meus sonhos aconteceu?


E se a minha fantasia fosse real, e nós tivéssemos consumado tudo aquilo que meus delírios adolescentes tiveram o prazer de criar?

Sabe aqueles pensamentos pecaminosos que a gente tem vergonha e ao mesmo tempo vontade de falar? São exatamente eles que estão guardados comigo há anos, esperando a hora exata de não serem ditos (afinal, o que você pensaria a meu respeito, se soubesse o que você causa em mim?).
São muitas interrogações pra respostas que nunca existirão, pois, a pesar de tantas delas ainda falarem alto dentro de mim, o tempo me obriga a soterrá-las com outras prioridades.
Mas a dúvida é muito grande e recorrente. E se nós dois tivéssemos consumado o ato que tanto sonhei e que a vontade tanto me tirou o sono, se, por vontade do sagaz destino, sua boca se encontrasse com a minha e se transformasse em um caloroso beijo, nossos corpos se aquecendo como ferro em brasa, seu corpo (mesmo que você pense o contrário) de proporções perfeitas colado ao meu, sua pele macia se esfregando na minha, e o arrepio que te sobe a nuca e domina seu corpo nu, quando eu beijasse tuas curvas perigosas. Meus delírios me levam a sentir nossos corpos colidindo por várias vezes num balé nunca ensaiado, mas executado com maestria, como parceiros que dedicaram suas vidas passa esse momento. Quando por fim, exaustos de tanto prazer, nos olhamos nos olhos, sorrindo como cúmplices de um crime perfeito, mais que perfeito...
Sei que é praticamente impossível esse devaneio se tornar real, porém, sonhar ainda é de graça. Por isso eu fico pensando: e se...

30 de set. de 2012

Tenho aqui comigo, aquelas.


Eu tenho comigo, arquivado na minha memória, um acervo de coisas promiscuas: As que eu já fiz, as que ainda farei e as que não faria nunca mais.
    Eu tenho aqui comigo, nesse exato momento, passeando pelo meu sistema nervoso, sensações que me provocam arrepios e que me fazem transpirar. Um suor frio que desce lentamente pela minha espinha. Tenho comigo guardado dentro do meu sutiã, historias tenebrosas, românticas e assanhadas, que só um belo par de peitos pode contar. Um charme e sensualidade conduzidos por gêmeos grandiosos e que fazem qualquer um perder a respiração. Aqui comigo tem segredos, uns cabíveis aos meus quadris, outros levados com molejo à minha cintura, dando a volta por toda a minha lombar, até o final da espinha. Aquelas coisas que não se escrevem em diários antes de dormir, não se conta no confessionário do banheiro feminino, não de pensa dentro de um restaurante ou não se lembra na sala depois do almoço de família. Cá comigo trago palavras, e muitas delas. Vocabulários repetidos, coisas clichês, cantadas vagabundas, palavra e pegada, comparações banais. Tenho tatuado no meu corpo todos os elogios possíveis, e foram muitos, dos bons até os inimagináveis, coisas que a gente pensa que nunca vai ouvir, mas que no fim das contas acaba surpreendendo.

   
  Tenho levado no andar, naquele roçar de uma coxa e outra, nomes, ótimos nomes, alguns para não se lembrar, outros para querer pronunciar de novo... Que nenhum cause um motim sexual, é apenas uma questão de ponto de vista, ou imaginação, daquelas bem inventadas e arrastadas até a ponta da renda da calcinha, ao lado da sensualidade, batendo espaço com o desejo, juntas, em acordo com a vontade.  Por ter em mim todas e em tudo, em todos, n’Eles, um pouco de mim. Pros que negam, mas ainda pensam, lembram ou imaginam. Pois que sabe harmonizar o conjunto dos segredos e contextos, ganha lugar VIP na boa imaginação de um homem.

26 de set. de 2012

Aceito!


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Aceito trocas, mas nunca devoluções, porque não acho certo ter de volta um sonho que não deu certo e agora não seria diferente. Aceito críticas, mas nunca ofensas, porque estas são ditas por um alguém que não tem noção de individualidade humana e quer que todos sejam como ela. Aceito pensamentos incertos, mas não quero poderes de pensamentos ruins, não quero correr o risco de que energias negativas grudem em mim como carrapichos no capim. Aceito o amor que você tiver sobrando, aceito sugestões de um futuro para nós dois, mas não aceito ser iludida para satisfazer o seu ego. Aceito seus beijos, se você quiser que estes me pertençam, mas não aceito exibir minha boca para você provar aos outros que tem a melhor.
     Eu aceito tudo, aceito você, viver com você, ficar com você. Eu aceito te perder se chegar a hora de você partir, eu aceito suas desculpas para fazer eu me sentir melhor. Eu aceito o fim, vou abraça-lo e conviver com ele quanto tempo for necessário. Eu aceito ver você me dar as costas e jogas numa imensa fogueira toda a nossa vida, eu te aceito, enquanto tento recuperar nossas lembranças, mas não aceito, não vou admitir que você se aproxime com a intenção de enganar, de me mastigar, de me pisar, de me sentir quebrar por entre os seus dedos. Eu não vou aceitar que você tenha orgasmos diante da minha dor.  Eu te aceito, mas não aceito sua falta de coração.  Eu aceito as lágrimas que vierem, aceito a culpa, mas não aceito saber que tudo fora um plano. Eu aceito sorrisos trocados, brigas sem motivo e noites em claro. Mas nunca falsas esperanças, falsos momentos e palavras cuspidas da boca para fora. Eu aceito a dor, eu não vou morrer de amor, mas não aceito jamais saber que a mesma que te faz bem, que não passou de uma troca de favores, de alguma coisa e nada mais. Eu aceito dividir o seu sonho, uma troca de experiências, um pouco de amor trocado. Mas não aceito que os meus sejam machucados, rabiscados e depredados.
     E se eu tiver que aceitar que você nunca exista, ou venha, eu aceito,  mas não vou aceitar jamais te ver partir antes de se aproximar. Eu aceito sua falta, e o amor que nunca houve, mas não aceito que Deus tire de dentro de mim os sonhos que vieram trocados, de alguém que queria devolvê-los. 
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22 de set. de 2012

Amanhã é 23


205547170464103460_mhesycmh_f_largeExistem coisas que não devem ser lembradas, mas elas doem, e por mais que a gente coloque toda a maquiagem do mundo, no fundo, sabemos que ali por baixo do disfarce tem uma cicatriz, tem uma parte do seu corpo modificada, tem um pedaço seu que foi alterado. Existem certas dores que devemos tentar afogar numa mistura louca de álcool com remédios, ou em um abraço, ou num outro corpo qualquer. Mas aquela sutura não vai parar de sangrar, por mais que você tente amenizar as coisas, certos cortes feito a navalha nunca param de sangram, e fazer de uma forma masoquista você se lembrar que ela está ali, vermelha, ardente e olhando fixamente para o seu coração.  Amanhã tudo se resolve, mas hoje tudo faz um sentido incomum, faz as coisas parecerem mais vazias e cinzas. Amanhã tudo se esquece, a gente finge uma amnesia normal, mas hoje, aonde quer que ande, o que quer que diga ou faça, vai fazer doer, vai arrebentar, vai invadir sua alma como uma tempestade violenta e sedenta por destruição. Hoje, aproveitem e taquem pedras, usufruam da minha dor, se alimentem, malditos corvos, rebentem meu corpo para bicar meu coração. Só mais 24 horas e eu vou ressuscitar, só mais uns instantes até tudo não existir mais e acordarmos em outro mundo, numa ligação diferente, a da memória, aquela parte de coisas ruins que nos fortaleceram. Olha você ai! Escondido em algum lugar dentro de mim! Olha o dia 23 é como um novo plano, um muro em branco, pronto para ser pintado, com vontade de atrair as pessoas! Olha toda essa culpa, toda a dor, toda a decepção. Olha todos os sentidos, é pouca saliva para muita cara de pau! Não se culpe, até cacos de vidros emitem um brilho mágico, até o vermelho de sangue, tem uma coloração forte, que transmite pavor e vingança. Não se odeie, cuidado para não engasgar com seu próprio desprezo. Amanhã tudo será curado e não haverá mais nada com o que se preocupar. Hoje, odeiem-me, lembrem-se daquela assassinada, daquela parte que fora enforcada em praça pública. Mas elas ainda está aqui, e há um fantasma vagando por seu vazio que não a deixa fraquejar, não a deixa ser invisível, não a deixa desistir e por mais que ela não queira, está ali, pintada de vermelho, com a cara a mostra numa moldura. Uma obra de arte, feita no dia 22. 
   Amanhã é 23. Odeiem-me se quiser. O pior já passou. 

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11 de set. de 2012

A Minha parte presa no espelho


Então eu parei em frente ao espelho e me olhei alguns instantes, foi ai que eu vi um alguém que não era eu, era alguém que eu queria ser, uma parte de mim que estava perdida. Eu não me reconhecia, queria apenas explicações para todas as coisas que me envolviam. Eu já não questionava milagres e nem mudanças, eu só queria entender. Eu me olhava e me procurava constantemente dentro dos meus olhos além das dores e das imagens que faziam parte da minha alma cega.  Quando dei por mim, senti-me sufocar, a minha imagem saíra do espelho e me estrangulava com uma lindo sorriso no rosto, ela queria me ver roxa, queria sentir minha pulsação baixar até eu me encontrar morta. Não lutei, eu deixei, eu seria morta por mim mesma e pelas coisas que eu podia mudar e fazer, mas não fiz.  Eu seria morta pelo medo de mudar os meus atos e o meu jeito, eu seria morta por não ter a capacidade de ouvir meu coração e minha intuição. Um assassinato refletido nos meus olhos, eu não queria morrer, eu não queria lutar, eu só queria uma segunda chance.  Ao perceber do meu desespero, meu reflexo me soltou, deu um tapa na minha cara  e me chamou de fraca, gritou palavras que eu mesma não teria coragem de dizer, nem ao meu reflexo:
      - Sua burra! Uma vaca que prefere cultivar um jardim de navalhas ao invés de mover suas pernas até a floricultura e comprar uma rosa para plantar. Você não vive porque não tem pelo o que viver! Como se só a sua vida não bastasse! Você é fraca, tão fraca que permite que seu próprio reflexo te mate! Escute, levante-se, mova-se. A vida não vai te dar uma outra chance como eu te dei, o tempo não vai esperar você estar pronta para te enviar as melhores oportunidades e nem colocar no seu caminho um novo amor se você não optar por esquecer o anterior. Ninguém vai mandar o sol parar de brilhar porque você não quer sair de casa e nem mandar uma tempestade só porque você não quer que os outros sejam felizes. Nenhuma energia positiva vai te irradiar se você não permitir que ela entre na sua casa. As pessoas não vão te amar se não perceberem que você cultiva o amor por tudo e por você mesma. Nenhum sorriso será retribuído se você não sorrir. Você não precisa de ”Se”, “Talvez”, “Quem sabe”, “Um dia” para ser feliz ou para  fazer as coisas acontecerem, a mudança começa quando você decide descer da cama com o pé direito ao invés do esquerdo. Ter um copo meio vazio ou meio cheio só depende de você. Você só depende de você mesma, porque por mais que pareça impossível, maquiavélico e cruel, Deus não esquece de você, ele está em tudo, e em cada sentimento que você cultiva dentro de você, ele não pode te abraçar, mas pode te enviar borboletas, ele não pode secar suas lágrimas e nem fazer você não sofrer, mas ele te manda dias de sol, flores e esperança, porque cada coisa que você pede é um milagre, cada prece que você faz é um milagre, somente pelo fato de lembrar-se Dele. Levante-se do chão, pare de chorar, eu não quis te sufocar, só quis fazer seus pulmões acordarem desse oceano profundo e respirarem.  Ainda há vida dentro de você, valorize cada segundo que eu deixei você sem ar. Levante-se e vá respirar...

     O reflexo voltou para o espelho, agora era eu, ainda assustada, mas viva, enchendo o peito de ar, movimentando meus pulmões e pronta para começar uma vida.

7 de set. de 2012

A nudez do passado.



  Eu tirei toda aquela vestimenta pesada que cobria o meu corpo, aquele fardo carregado que me impedia de caminhar com leveza e me  levar aonde eu queria ir. Eu fiquei nua diante dos meus erros e resolvi rever cada um deles. Era eu, e aquele enorme espelho iluminado que me colocava diante de toda a minha vida, sem dó, sem culpa, sem roupa, sem desculpa, sem erros, sem omitir. Apenas eu e o que eu era. A falta de pudor e todas as coisas que estavam infectando o meu corpo.  Um por um, revivi toda as situações, cada gesto, cada palavra, cada canto, cada detalhe. Não chorei, não sorri, não engoli nada, não vomitei nada. Não me mexi, não me odiei. Eu me ajoelhei e agradeci...
     Eram tantas cicatrizes e dores que já não latejavam mais, tantas navalhadas no peito, na alma, no físico; que já não sangravam mais, que não sairiam dali, mas que não implicavam na beleza. Eram tantos pecados, mil rosários, mil novenas e algumas missas. Quantas velas então teriam de ser acessas para reparar aquele estrago?
   Eu já estava de pé. Eu já estava em mim, abraçando toda aquela exposição à luz, à vergonha. Eu estava diante de uma placa de titânio, de um paraíso que nascera de lágrimas, sangue e dor. Eu estava a frente de uma montanha, de uma geleira inquebrável. Eu era um vulcão semi desperto, cheio de vida e de tanta história para contar, cheia de coisas pra ver, com tanta experiência para repassar.  Eu já não me culpava, estava me amando, admirando toda a beleza das dores, das cicatrizes, dos medos, das conquistas. Eu me amava por tudo, pelas idas e vindas, pelas coisas boas e ruins. Eu me amava e tinha um grande respeito pela minha história, por aquele interminável livro de conto de fadas aonde eu era a princesa, o príncipe, a bruxa, o castelo e o final feliz.
   Eu enterrei meu passado em paz, junto, os problemas, com tudo, vesti-me de um vestido de linho amarelo, e sem me importar com o que aconteceria, prometi que não voltaria aquela lápide nem pra me lamentar, tampouco para levar-lhe flores. 

   

5 de set. de 2012

Só quero que apenas saiba...


Sabia que eu amo o seu sorriso e a forma como você ri de tudo. Eu amo o seu cheiro, a como você sai do banho com a toalha na cintura. Eu amo a forma como você se olha no espelho.  Amo como fica sério só para se arrumar. Amo quando me abraça e me protege ou como mexe no meu cabelo quando estou (fingindo) dormindo.
  Eu quero que saiba que eu amo os seus olhos porque eles dizem tudo o que eu preciso saber. Eu amo a sua voz, principalmente quando ela diz que precisa de mim. Quero que pense em mim em cada minuto da sua existência e que não se esqueça nunca de que você é o grande amor da minha vida. Quero que saiba que eu preciso desesperadamente de você aqui comigo e que cada minuto sem você é um pedaço de mim que vai morrendo aos poucos.
  Talvez você não se lembre, mas ainda mantenho a mesma cara de apaixonada de quando disse a primeira vez que me amava. E que eu sinto falta de segurar na sua  mão, de sentir você perto de mim e de dizer que você me faz feliz.
  Quero que saiba que  daria qualquer coisa para ter uma hora, apenas uma hora com você, só para poder te tocar e dizer que você é meu. Eu faria qualquer coisa para te beijar novamente e acabar com a distancia que nos separa.
  Quero te contar tanta coisa sobre mim que não tive a oportunidade de te dizer, entre elas que para mim você é sim, a melhor pessoa que existe no mundo e não importa o que digam ou pra onde o destino nos levem., eu vou te amar por toda a minha vida. Porque nasci para te amar, porque nascemos um para o outro e não há circunstância que vá provar o contrario.
 Sou sua. Somos nossos e nada vai nos separar. Eu prometo esperar por você o quanto for preciso para sermos felizes.


                                                            

31 de ago. de 2012

Os meus, os seus e os nossos.


A gente pensa que vai ser pra sempre. A gente pensa que não há mais ninguém no mundo que seja capaz de nos despertar desejo e nos levar até as estrelas. Nós acreditamos fielmente que é o nosso encaixe perfeito, feito um para o outro, para viverem juntos para sempre. Até que um dia algo acontece e você sente algo incontrolável dentro de você que o faz percorrer as ruas com seus olhos desesperados a procura de uma adrenalina tão grande e intensa. Ao encontro de uma morfina que acalme o fogo que o consome por dentro. Tudo está interessante, tudo fica interessante, todos são interessantes e irresistíveis.  O encontro perfeito entre uma caixa de fósforos e um posto de gasolina.
 É uma doce e incontrolável  vontade de violar a conduta do caráter e se entregar ao impulso do
 desejo, causando um pequeno adultério, uma pequena culpa, a causa da infidelidade dos corpos, ainda sim, mantendo o coração fiel. O sentimento não se envolve, não tem nada a ver com aquilo que gela a espinha; coração é coração, o amor permanece o mesmo, não cabe ao ser que está dominando a fervura do seu corpo, caber-se aos pensamentos pela manhã. Tesão tem limites e não se cabe aonde já mora uma pessoa certa.  Aqui está em jogo ser infiel, não conter os impulsos sexuais, desejar uma, duas, três vezes ter algo com um alguém que mal se conhece. Colocar a cara a tapa pelo julgamento daqueles que se dizem Deus.  A gente age por impulso, não há um alguém em que se possa colocar a culpa, não há uma explicação que possa esclarecer o porquê de uma traição. Ela acontece , e pra ser sincera não me venha com essa de quem com você isso nunca vai acontecer... Você pode tanto fazer quanto receber. Não venha com essa de santidade, a traição está em toda parte inclusive quando você deseja alguém em pensamento olhando diretamente para o seu companheiro. Isso é ser infiel, pois tudo aquilo que almeja e que não se enquadra nos padrões normais é ser infiel, é trair, é sucumbir-se ao pecado. É ter a cabeça posta a sentença no dia do juízo final.
   A gente se vê por ai, deixa rolar, depois finge que nada aconteceu, a gente ignora, se vê no shopping, se esbarra na rua, age normal. E lá o corpo ainda responde, os pelos se arrepiam como um radar, mas se controlam, o pior já passou, agora somos infiéis. Agora só existem os meus, os seus e os nossos Ogaaanbfhwfdrmdneyazwrdb9xeveql6a3ice8p3jjdsql3jrbc1ek23cydehpdjouqlkrha6s0uyy3xarkcyv9fo-gam1t1ujjaqdzbdqvt6rqmbgsd_b-dfyzk_large
      

27 de ago. de 2012

Lindo, Gostoso e... Idiota!!!


Que atire a primeira pedra quem nunca olhou aquele cara e disse: “Ai se eu pudesse, meu dinheiro desse e ele me quisesse!”??  E quem não usou de todos os seus artifícios de sensualidade feminina para atrair a atenção do lindo até ele sentir que não pode morrer sem um beijo seu? Você se interessa pelo cara, o papo começa a fluir a química começa a dar certo, até que você descobre que o tal cara lá, tão lindo, perfeito e maravilhoso tem no lugar do cérebro uma azeitona, ou o caroço de uma!


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  Pois é,  esses casos não são exclusividade minha ou das minhas amigas, eles são mais comuns do que parece e os caras são em maior quantidade do que se possa imaginar! Conhecer um cara legal, hoje, é sim algo tanto relativo quanto complicado. As mulheres de fato sim, deixaram de ser mais exigentes no quesito beleza e passaram a dar mais chances a caras que antes elas só queriam como melhores amigos. Mas apesar de rebaixar na escolha do príncipe encantado, todas elas ainda suspiram por um Johnny Deep da vida, aquele cara espetacular que vai fazer todas as suas amigas morrerem de inveja, aquele que você atualiza o status de relacionamento no facebook e leva até pra conhecer a família.... Por mais que na maioria das vezes pensemos que isso nunca vai acontecer com a gente, chega um hora que Deus fica com pena e manda finalmente aquele deus grego, todo na sua, querendo te conhecer  melhor e tentando aprofundar a amizade numa sala de cinema com um filme de terror. Eis minha amiga, que você vai começa a conversar com o ser para saber qual é a dele e se isso não é piada ou ele um fake, e então você descobre que fake ou piada não tem um português daqueles (por mais que errar seja humano, ‘pobrema’, ‘naonde’ e ‘nimim’,  não são muito dignos de perdão!
     Comprovado o fato que o cara e verídico, começa então o jogo de sedução e investidas, flerte ali, flerte aqui, indireta, cantada camuflada, coisas assim. E ai no terceiro dia de conversa por inbox, sms e afins, o cara já se sente o seu melhor amigo de infância e começa a mostrar quem ele realmente é: com conversas mais sem sentido que o desenho do ‘pocoyo’, com piadas mais sem graça que a de iniciante de stand up e com brechas altamente escrotas. E então você começa a pensar: Esse cara realmente vale a pena? Será que para ter um homem escultural do lado é preciso aturar um senso de humor baixo e infantilidade? A escolha fica a seu critério, tudo é uma questão de ponto de vista, mas pense bem, o que há de mais charmoso que caras legais, bem humorados e maduros? Isso não quer dizer que você tenha que sair com um aposentado, mas se ainda assim sua opção for aturar o Lindo, Gostoso e Idiota, minha amiga, quem tem que mudar a cabeça é você e não ele.

Valorize-se para que O cara possa te valorizar. Homem só é bom na medida certa e um homem mais lindo mentalmente que fisicamente, é tudo de bom!

23 de ago. de 2012

Cara


Cara, você é tão tudo! Cara você é aquela estrofe que a gente decora rapidinho e não sai mais da cabeça. Cara você é aquela poesia que fala sobre um monte de coisas, até sobre uma  jarra de barro, que todo mundo acha bonito, se encanta e copia no caderno. Cara você é aquele dia de domingo bem chuvoso e com nuvens escuras que nos faz ficar de pijamas abraçados no sofá o dia todo. Cara, você é aquela coisa que a gente tem vontade de comer bem tarde da noite, mas não sabe o que é, só sabe que é diferente, que tem um gosto que surpreende, que faz querer mais.  Cara você é tanta coisa, aquela sensação boa que não cabe em mim, que faz eu me senti em ecstasy, que me deixa suando frio, me causa aquele arrepio no meio da espinha.
    Cara você é todos aqueles gestos de paz e as manifestações por liberdade, todos os sintomas de amor, todos os traços de vaidade. Cara você é aquele sentimento indescritível de uma mãe quando vê seu filho pela primeira vez, e a parte da despedida de mais um dia. Cara você é aquela pessoa que me causa medo, um medo diferente que me faz arriscar, que me faz querer subir e descer na sua montanha-russa de novo, e de novo, e de novo. É você cara, aquele fantasma que vela o meu sono,  visita meus sonhos e acode o pesadelo. Aquele que não faz questão de me compreender, que não está nem ai pra minha TPM, que não se importa que eu saia de cara lavada. Aquele cara que vai ser o cara quando eu mais precisar dele, e que vai assumir o mundo quando eu estiver para perder o controle!
Cara você é simples assim, mais um cara diferente de todos os outros caras. Ei cara, você consegue fazer o mundo de alguém melhor, mais feliz e mais bonito; consegue arrancar sorrisos, consegue fazer entender que é o cara que importa, pra fazer  a vida de alguém completa.


21 de ago. de 2012

Reencontro.

  *Texto especial de Jady Rodrigues.

Quando abriu a porta e olhou nos meus olhos, uma chama se reacendeu em mim, te abracei e meu coração disparou, lembramos de coisas do nosso passado, de coisas ditas, de pessoas conhecidas.


Quando me puxou pra mais perto de você senti um calor dentro de mim (um calor que há muito tempo não sentia) ouvi sua voz bem perto, senti seu hálito quente não agüentei e te beijei, e o seu beijo era o mesmo de anos atrás, era como se eu nunca tivesse me afastado de você e percebi que nosso beijo ainda se encaixava perfeitamente, meu desejo por você só aumentava.Senti seu corpo quente colado ao meu, nossas respirações ficaram ofegantes, meu suor se misturou com o seu e numa explosão de carinho e desejo nos amamos naquela cama na qual havíamos nos amado tantas outras vezes. E nesse misto de sentimentos carnais e afetivos nos derretemos em emoções, deitei ao seu lado, você me abraçou com carinho e ficamos por um tempo calados um ouvindo a respiração do outro, meu desejo era de parar o tempo e ficar ali com você o tempo que eu quisesse. Você pegou minha mão e a levou ao seu coração que estava disparado. Olhou-me nos olhos de novo com aquele olhar que tentava como sempre ler meus pensamentos, mas você não precisava se esforçar para saber que eu estava pensando em ter você mais, nós não precisávamos falar, nossos corações acelerados diziam tudo.Olhei para o lado e vi minha foto que eu havia colocado lá há dois anos, estava no mesmo lugar, como se você não tivesse mexido, falei da foto e você sorriu, fiquei sem graça e feliz ao saber que nesses anos tenha pensado em mim tanto quanto eu em você. Não fiz planos como eu no passado certamente faria, não rezo para que tudo aconteça outra vez. O momento, aquele momento continua e ira continuar gravado em mim. Sinto falta do seu sorriso conquistador, da sua voz que me faz tremer, de sentir o seu calor, do seu perfume, de sentir você.

18 de ago. de 2012

Todos.


Todos. Todos os dias eu me perguntava por quê. Todos os dias eu questionava a injustiça. Em todas as minhas orações eu desejava mais um dia, mais um dia com você. Em todos os cantos eu sentia a falta do seu silencio e da sua respiração. Em todas as noites eu procurava pela sua feição no escuro, só pra te ver ouvir, só ara te ver dormir. Em todas as frases eu procurava o meu erro. Em todas as brigas eu procurava uma desculpava. Em todos os erros eu procurei conserto. Em todos os motivos eu procurei uma solução. Em todos os beijos eu me procurava. Em todas as vezes eu procurei a paz, a calma, o equilibro. Em todos os efeitos eu procurava algo para me entorpecer. Em todos os empurrões eu procurei disciplina pra você não me ver cair. Em todas as suas crises eu procurei paciência para não fazer o pior. Em todas as brigas eu procurei não te mandar por inferno com indelicadeza. Para todos eu fui perfeita, eu fui cretina, eu pequei, eu menti, eu te assassinei!
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   Para todos eu arrisquei e meti a cara no seu oceano de mentiras. Para os soldados dessa guerra, eu fui corajosa. Para os padres, eu fui excomungada.  Para as mães eu fui tentar ser feliz. Para todos os atiradores de pedras, eu fui Judas, Pilatos, a bruxa, a louca, a insana, a passional [...] Para a terra que assenta o meu caminho, eu fui sábia, fui linda, fui louca, fui toda a vida dentro de mim.  Para todos os seus defeitos eu fui errada, não fui o suficiente, não tive peito, não tive nível; faltou um revolver para te mostrar a minha capacidade. Para todos os que viram, fui protagonista, nos seus olhos, coadjuvante. Para os poetas fui malicia, desejo, ela mesma.
    Para todos os lá de cima, fui filha, ainda sou, perdoada, sem rancores. Para todos os de lá de baixo,  faltou crime, faltou vingança, faltou prazer. Para todos os mesmos eu sempre fui o que meus olhos apresentam e você foi grão de areia no meio do meu deserto...

15 de ago. de 2012

Vende-se o Amor da Minha Vida


Poderia ser aquele carinha que estava na mesa da frente, ou aquele do meu lado no ônibus, poderia ser aquele que me olhou e sorriu. Poderia ser um amigo, um ex namorado, ou menino. Mas não eram, não estavam, não existiam. Então decidi vender o amor da minha vida, aquele mesmo que ansiava o encontro e o abraço da espera, mas que eu em fundo de subconsciente sabia que não existia.
  Porque se apaixonar e amar de verdade não era coisa para os fracos, nem para os fortes, tampouco para mim, era para aqueles de coração aberto dispostos a se atraírem, a se perderem um no outro... Não pra mim, pra quem sequer sabia aonde estava para poder se perder em outra pessoa. Resolvi num ímpeto me livrar de algo que não me pertence, mas que pode fazer alguém feliz. Olhei-me profundamente no espelho e fui tirando da minha imaginação tudo aquilo que já não poderia mais conviver dentro de mim, delicadamente foi se acumulando lembranças falsas e sonhos imprevisíveis e outros cabíveis, numa caixa abaixo dos meus pés, também a caixa com todo o meu sentimento de adeus, levei-a para fora e junto com um convidativo papel de esperança anunciei: ‘Vende-se o amor da minha vida’.  Virei as costas, não disse ‘até logo’, não me importei que o pegaria, olhei em frente; amores da vida, vão e vem o tempo todo, em constante mudança, cada um a seu jeito e para cada situação. Amores e amores para quem quer amar e para quem acredita que o amor não existe. Eu vendi o meu, ou pelo menos o que eu acreditava encontrar, fiquei numa calmaria só minha, a espera de qualquer pequeno sinal de surpresa que o destino poderia me dar. Fiquei só comigo e com o valor adquirido. O amor da minha vida foi vendido e em troca eu tinha ganhado um caminho lindo e cheio de incertezas...
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