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24 de mar. de 2012

Quando Fui

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  Eu não costumava ser. Mas me acomodei com seus pedaços de caminho, seus vestígios de história, sua fala apertada cheia daquilo que ainda não descobri.
   Eu não era, não queria saber. Mas quis te desvendar, nas suas entrelinhas, nos restos de segredo, nas partes secretas de caminhos pelos quais ainda não percorremos. Eu não te queria, te jogo num canto. Roubo-te  pra mim. Não ambicionava mergulhar  na intensidade de seus pecados, na sua gruta cheia de diamantes. Nunca me proporcionou nada, mas fez assim, sem querer fazer, abrindo o mato a frente do meu caminho, deixando- me andar descalça pela grama molhada.
    Também odiava chuva, até ela me cegar com pequenas gotas de você, do seu querer, com seu cheiro de terra molhada com um pouco de flor de laranjeira, com delírios impostos a nossa relação, saboreando o gosto que teria o outro. Como aquilo que foi sendo, se envolvendo, se entregando, em tais conjuntos tangíveis e descartáveis, que em breve irá, não passará de tal poesia, um beijo ficado escondido, no meio de olhos que não viram, como coisa que alguém quisesse saber.  Eu não gostava daquilo que me fizeste gostar, te odiei por isso, mas me perdi, naquela imensidão, nos quadros que estampavam seu ser e o que te tornava meu por imaginação. 

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