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27 de mai. de 2012

A Libertina


A libertina, é messalina, os seios estufados para a fora do tecido. A promíscua com seus olhos cheios de cajal e na sua boca, milhares de histórias para contar. A devassa, rebolando com desdenho, se procurando, se promovendo aos olhos dos rapazes. A Libertina, toda liberal, toda moderninha, toda cheia de pose, toda nua.
A sem moral, moral de falar o que pensa, não a moral escultural que esconde o seu corpo! A qualquer, qualquer um que passa a inveja, a cobiça a deseja, a odeia...
A Libertina, pobre libertina, tão sua, tão de ninguém, tão de todos, tão de quem a amar primeiro. E ela tão pura, tão suja, uma taça de vinho numa fonte de água clara, apenas de procurando, se conhecendo, se exibindo.
 A Libertina tem segredos, o guarda no meio das pernas, dentro do peito, afundo do bico do seio, dentro do coração! Tem perna pro salto, pra posição apertada de um sexo desconsertado, para fixar-se ao chão. A doce Libertina, tem veneno, beijo viciante, tem língua afiada, meio sabor de medo. Não identifique a Libertina, ela identifica você, corre atrás de você, te prende com as unhas, arranha seu pensar.

   Libertina, querida, podre! Uma qualquer, Libertina acima de qualquer coisa, é uma mulher!

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