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30 de set. de 2012

Tenho aqui comigo, aquelas.


Eu tenho comigo, arquivado na minha memória, um acervo de coisas promiscuas: As que eu já fiz, as que ainda farei e as que não faria nunca mais.
    Eu tenho aqui comigo, nesse exato momento, passeando pelo meu sistema nervoso, sensações que me provocam arrepios e que me fazem transpirar. Um suor frio que desce lentamente pela minha espinha. Tenho comigo guardado dentro do meu sutiã, historias tenebrosas, românticas e assanhadas, que só um belo par de peitos pode contar. Um charme e sensualidade conduzidos por gêmeos grandiosos e que fazem qualquer um perder a respiração. Aqui comigo tem segredos, uns cabíveis aos meus quadris, outros levados com molejo à minha cintura, dando a volta por toda a minha lombar, até o final da espinha. Aquelas coisas que não se escrevem em diários antes de dormir, não se conta no confessionário do banheiro feminino, não de pensa dentro de um restaurante ou não se lembra na sala depois do almoço de família. Cá comigo trago palavras, e muitas delas. Vocabulários repetidos, coisas clichês, cantadas vagabundas, palavra e pegada, comparações banais. Tenho tatuado no meu corpo todos os elogios possíveis, e foram muitos, dos bons até os inimagináveis, coisas que a gente pensa que nunca vai ouvir, mas que no fim das contas acaba surpreendendo.

   
  Tenho levado no andar, naquele roçar de uma coxa e outra, nomes, ótimos nomes, alguns para não se lembrar, outros para querer pronunciar de novo... Que nenhum cause um motim sexual, é apenas uma questão de ponto de vista, ou imaginação, daquelas bem inventadas e arrastadas até a ponta da renda da calcinha, ao lado da sensualidade, batendo espaço com o desejo, juntas, em acordo com a vontade.  Por ter em mim todas e em tudo, em todos, n’Eles, um pouco de mim. Pros que negam, mas ainda pensam, lembram ou imaginam. Pois que sabe harmonizar o conjunto dos segredos e contextos, ganha lugar VIP na boa imaginação de um homem.

26 de set. de 2012

Aceito!


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Aceito trocas, mas nunca devoluções, porque não acho certo ter de volta um sonho que não deu certo e agora não seria diferente. Aceito críticas, mas nunca ofensas, porque estas são ditas por um alguém que não tem noção de individualidade humana e quer que todos sejam como ela. Aceito pensamentos incertos, mas não quero poderes de pensamentos ruins, não quero correr o risco de que energias negativas grudem em mim como carrapichos no capim. Aceito o amor que você tiver sobrando, aceito sugestões de um futuro para nós dois, mas não aceito ser iludida para satisfazer o seu ego. Aceito seus beijos, se você quiser que estes me pertençam, mas não aceito exibir minha boca para você provar aos outros que tem a melhor.
     Eu aceito tudo, aceito você, viver com você, ficar com você. Eu aceito te perder se chegar a hora de você partir, eu aceito suas desculpas para fazer eu me sentir melhor. Eu aceito o fim, vou abraça-lo e conviver com ele quanto tempo for necessário. Eu aceito ver você me dar as costas e jogas numa imensa fogueira toda a nossa vida, eu te aceito, enquanto tento recuperar nossas lembranças, mas não aceito, não vou admitir que você se aproxime com a intenção de enganar, de me mastigar, de me pisar, de me sentir quebrar por entre os seus dedos. Eu não vou aceitar que você tenha orgasmos diante da minha dor.  Eu te aceito, mas não aceito sua falta de coração.  Eu aceito as lágrimas que vierem, aceito a culpa, mas não aceito saber que tudo fora um plano. Eu aceito sorrisos trocados, brigas sem motivo e noites em claro. Mas nunca falsas esperanças, falsos momentos e palavras cuspidas da boca para fora. Eu aceito a dor, eu não vou morrer de amor, mas não aceito jamais saber que a mesma que te faz bem, que não passou de uma troca de favores, de alguma coisa e nada mais. Eu aceito dividir o seu sonho, uma troca de experiências, um pouco de amor trocado. Mas não aceito que os meus sejam machucados, rabiscados e depredados.
     E se eu tiver que aceitar que você nunca exista, ou venha, eu aceito,  mas não vou aceitar jamais te ver partir antes de se aproximar. Eu aceito sua falta, e o amor que nunca houve, mas não aceito que Deus tire de dentro de mim os sonhos que vieram trocados, de alguém que queria devolvê-los. 
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22 de set. de 2012

Amanhã é 23


205547170464103460_mhesycmh_f_largeExistem coisas que não devem ser lembradas, mas elas doem, e por mais que a gente coloque toda a maquiagem do mundo, no fundo, sabemos que ali por baixo do disfarce tem uma cicatriz, tem uma parte do seu corpo modificada, tem um pedaço seu que foi alterado. Existem certas dores que devemos tentar afogar numa mistura louca de álcool com remédios, ou em um abraço, ou num outro corpo qualquer. Mas aquela sutura não vai parar de sangrar, por mais que você tente amenizar as coisas, certos cortes feito a navalha nunca param de sangram, e fazer de uma forma masoquista você se lembrar que ela está ali, vermelha, ardente e olhando fixamente para o seu coração.  Amanhã tudo se resolve, mas hoje tudo faz um sentido incomum, faz as coisas parecerem mais vazias e cinzas. Amanhã tudo se esquece, a gente finge uma amnesia normal, mas hoje, aonde quer que ande, o que quer que diga ou faça, vai fazer doer, vai arrebentar, vai invadir sua alma como uma tempestade violenta e sedenta por destruição. Hoje, aproveitem e taquem pedras, usufruam da minha dor, se alimentem, malditos corvos, rebentem meu corpo para bicar meu coração. Só mais 24 horas e eu vou ressuscitar, só mais uns instantes até tudo não existir mais e acordarmos em outro mundo, numa ligação diferente, a da memória, aquela parte de coisas ruins que nos fortaleceram. Olha você ai! Escondido em algum lugar dentro de mim! Olha o dia 23 é como um novo plano, um muro em branco, pronto para ser pintado, com vontade de atrair as pessoas! Olha toda essa culpa, toda a dor, toda a decepção. Olha todos os sentidos, é pouca saliva para muita cara de pau! Não se culpe, até cacos de vidros emitem um brilho mágico, até o vermelho de sangue, tem uma coloração forte, que transmite pavor e vingança. Não se odeie, cuidado para não engasgar com seu próprio desprezo. Amanhã tudo será curado e não haverá mais nada com o que se preocupar. Hoje, odeiem-me, lembrem-se daquela assassinada, daquela parte que fora enforcada em praça pública. Mas elas ainda está aqui, e há um fantasma vagando por seu vazio que não a deixa fraquejar, não a deixa ser invisível, não a deixa desistir e por mais que ela não queira, está ali, pintada de vermelho, com a cara a mostra numa moldura. Uma obra de arte, feita no dia 22. 
   Amanhã é 23. Odeiem-me se quiser. O pior já passou. 

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11 de set. de 2012

A Minha parte presa no espelho


Então eu parei em frente ao espelho e me olhei alguns instantes, foi ai que eu vi um alguém que não era eu, era alguém que eu queria ser, uma parte de mim que estava perdida. Eu não me reconhecia, queria apenas explicações para todas as coisas que me envolviam. Eu já não questionava milagres e nem mudanças, eu só queria entender. Eu me olhava e me procurava constantemente dentro dos meus olhos além das dores e das imagens que faziam parte da minha alma cega.  Quando dei por mim, senti-me sufocar, a minha imagem saíra do espelho e me estrangulava com uma lindo sorriso no rosto, ela queria me ver roxa, queria sentir minha pulsação baixar até eu me encontrar morta. Não lutei, eu deixei, eu seria morta por mim mesma e pelas coisas que eu podia mudar e fazer, mas não fiz.  Eu seria morta pelo medo de mudar os meus atos e o meu jeito, eu seria morta por não ter a capacidade de ouvir meu coração e minha intuição. Um assassinato refletido nos meus olhos, eu não queria morrer, eu não queria lutar, eu só queria uma segunda chance.  Ao perceber do meu desespero, meu reflexo me soltou, deu um tapa na minha cara  e me chamou de fraca, gritou palavras que eu mesma não teria coragem de dizer, nem ao meu reflexo:
      - Sua burra! Uma vaca que prefere cultivar um jardim de navalhas ao invés de mover suas pernas até a floricultura e comprar uma rosa para plantar. Você não vive porque não tem pelo o que viver! Como se só a sua vida não bastasse! Você é fraca, tão fraca que permite que seu próprio reflexo te mate! Escute, levante-se, mova-se. A vida não vai te dar uma outra chance como eu te dei, o tempo não vai esperar você estar pronta para te enviar as melhores oportunidades e nem colocar no seu caminho um novo amor se você não optar por esquecer o anterior. Ninguém vai mandar o sol parar de brilhar porque você não quer sair de casa e nem mandar uma tempestade só porque você não quer que os outros sejam felizes. Nenhuma energia positiva vai te irradiar se você não permitir que ela entre na sua casa. As pessoas não vão te amar se não perceberem que você cultiva o amor por tudo e por você mesma. Nenhum sorriso será retribuído se você não sorrir. Você não precisa de ”Se”, “Talvez”, “Quem sabe”, “Um dia” para ser feliz ou para  fazer as coisas acontecerem, a mudança começa quando você decide descer da cama com o pé direito ao invés do esquerdo. Ter um copo meio vazio ou meio cheio só depende de você. Você só depende de você mesma, porque por mais que pareça impossível, maquiavélico e cruel, Deus não esquece de você, ele está em tudo, e em cada sentimento que você cultiva dentro de você, ele não pode te abraçar, mas pode te enviar borboletas, ele não pode secar suas lágrimas e nem fazer você não sofrer, mas ele te manda dias de sol, flores e esperança, porque cada coisa que você pede é um milagre, cada prece que você faz é um milagre, somente pelo fato de lembrar-se Dele. Levante-se do chão, pare de chorar, eu não quis te sufocar, só quis fazer seus pulmões acordarem desse oceano profundo e respirarem.  Ainda há vida dentro de você, valorize cada segundo que eu deixei você sem ar. Levante-se e vá respirar...

     O reflexo voltou para o espelho, agora era eu, ainda assustada, mas viva, enchendo o peito de ar, movimentando meus pulmões e pronta para começar uma vida.

7 de set. de 2012

A nudez do passado.



  Eu tirei toda aquela vestimenta pesada que cobria o meu corpo, aquele fardo carregado que me impedia de caminhar com leveza e me  levar aonde eu queria ir. Eu fiquei nua diante dos meus erros e resolvi rever cada um deles. Era eu, e aquele enorme espelho iluminado que me colocava diante de toda a minha vida, sem dó, sem culpa, sem roupa, sem desculpa, sem erros, sem omitir. Apenas eu e o que eu era. A falta de pudor e todas as coisas que estavam infectando o meu corpo.  Um por um, revivi toda as situações, cada gesto, cada palavra, cada canto, cada detalhe. Não chorei, não sorri, não engoli nada, não vomitei nada. Não me mexi, não me odiei. Eu me ajoelhei e agradeci...
     Eram tantas cicatrizes e dores que já não latejavam mais, tantas navalhadas no peito, na alma, no físico; que já não sangravam mais, que não sairiam dali, mas que não implicavam na beleza. Eram tantos pecados, mil rosários, mil novenas e algumas missas. Quantas velas então teriam de ser acessas para reparar aquele estrago?
   Eu já estava de pé. Eu já estava em mim, abraçando toda aquela exposição à luz, à vergonha. Eu estava diante de uma placa de titânio, de um paraíso que nascera de lágrimas, sangue e dor. Eu estava a frente de uma montanha, de uma geleira inquebrável. Eu era um vulcão semi desperto, cheio de vida e de tanta história para contar, cheia de coisas pra ver, com tanta experiência para repassar.  Eu já não me culpava, estava me amando, admirando toda a beleza das dores, das cicatrizes, dos medos, das conquistas. Eu me amava por tudo, pelas idas e vindas, pelas coisas boas e ruins. Eu me amava e tinha um grande respeito pela minha história, por aquele interminável livro de conto de fadas aonde eu era a princesa, o príncipe, a bruxa, o castelo e o final feliz.
   Eu enterrei meu passado em paz, junto, os problemas, com tudo, vesti-me de um vestido de linho amarelo, e sem me importar com o que aconteceria, prometi que não voltaria aquela lápide nem pra me lamentar, tampouco para levar-lhe flores. 

   

5 de set. de 2012

Só quero que apenas saiba...


Sabia que eu amo o seu sorriso e a forma como você ri de tudo. Eu amo o seu cheiro, a como você sai do banho com a toalha na cintura. Eu amo a forma como você se olha no espelho.  Amo como fica sério só para se arrumar. Amo quando me abraça e me protege ou como mexe no meu cabelo quando estou (fingindo) dormindo.
  Eu quero que saiba que eu amo os seus olhos porque eles dizem tudo o que eu preciso saber. Eu amo a sua voz, principalmente quando ela diz que precisa de mim. Quero que pense em mim em cada minuto da sua existência e que não se esqueça nunca de que você é o grande amor da minha vida. Quero que saiba que eu preciso desesperadamente de você aqui comigo e que cada minuto sem você é um pedaço de mim que vai morrendo aos poucos.
  Talvez você não se lembre, mas ainda mantenho a mesma cara de apaixonada de quando disse a primeira vez que me amava. E que eu sinto falta de segurar na sua  mão, de sentir você perto de mim e de dizer que você me faz feliz.
  Quero que saiba que  daria qualquer coisa para ter uma hora, apenas uma hora com você, só para poder te tocar e dizer que você é meu. Eu faria qualquer coisa para te beijar novamente e acabar com a distancia que nos separa.
  Quero te contar tanta coisa sobre mim que não tive a oportunidade de te dizer, entre elas que para mim você é sim, a melhor pessoa que existe no mundo e não importa o que digam ou pra onde o destino nos levem., eu vou te amar por toda a minha vida. Porque nasci para te amar, porque nascemos um para o outro e não há circunstância que vá provar o contrario.
 Sou sua. Somos nossos e nada vai nos separar. Eu prometo esperar por você o quanto for preciso para sermos felizes.